O Supremo Tribunal Federal retomará os trabalhos nesta quinta-feira (1º/2) com a missão de começar a julgar uma série de casos de grande repercussão. Estão na pauta da corte para o mês de fevereiro, por exemplo, as primeiras denúncias contra ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por suposta omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Também serão retomados os julgamentos da chamada “pauta verde”, conjunto de ações que questionam a política ambiental adotada durante os anos do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na seara criminal, dois recursos tratam da validade de provas. Um deles discute a legalidade de prova obtida mediante revista íntima de visitantes que ingressam em estabelecimento prisional. O outro, de prova obtida por meio de perícia em aparelho celular encontrado no local do crime.
O tribunal também vai analisar a imposição do regime de separação de bens para pessoas com mais de 70 anos; a “revisão da vida toda” para aposentadorias e benefícios de quem contribuía para a Previdência antes de 1994; e a decisões da Justiça do Trabalho que determinaram o reconhecimento de vínculo empregatício entre entregadores e aplicativos.
Confira os destaques de fevereiro do Plenário físico do STF:
Já o Plenário Virtual da corte analisará em fevereiro uma série de ações da Procuradoria-Geral da República contra leis que limitam a inscrição de mulheres em concursos para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
As ações questionam leis dos seguintes estados: Tocantins (ADI 7.479); Sergipe (ADI 7.480); Santa Catarina (ADI 7.481); Roraima (ADI 7.482); Rio de Janeiro (ADI 7.483); Piauí (ADI 7.484); Paraíba (ADI 7.485); Pará (ADI 7.486); Mato Grosso (ADI 7.487); Minas Gerais (ADI 7.488); Maranhão (ADI 7.489); Goiás (ADI 7.490); Ceará (ADI 7.491) e Amazonas (ADI 7.492).
Na pauta da 1ª Turma do Supremo estão as denúncias contra ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do DF acusados de omissão durante os atos de 8 de janeiro de 2023, quando o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o próprio STF foram invadidos e depredados por bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições de 2022.
O caso será analisado entre os dias 9 e 20, na Pet 11.008. Foram denunciados: Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF; Klepter Rosa Gonçalves, subcomandante-geral; Jorge Eduardo Barreto Naime, coronel da PM-DF; Paulo José Ferreira da Souza Bezerra, coronel; Flávio Silvestre de Alencar, major; e Rafael Pereira Martins, tenente.
Fonte: ConJur